Três dos sete brasileiros que podem participar do Conclave são de SC


Cardeais de Santa Catarina nasceram em Gaspar e Mafra, no Vale do Itajaí, e em Forquilhinha, no Sul. Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica
Três dos sete cardeais brasileiros que vão ajudar a escolher o novo papa são de Santa Catarina. O Conclave, que é a eleição que vai definir o novo pontífice após a morte do papa Francisco divulgada nesta segunda-feira (20), reunirá cardeais com menos de 80 anos podem votar.
Os cardeais nasceram em Gaspar e Mafra, no Vale do Itajaí, e em Forquilhinha, no Sul catarinense.
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No total, segundo o Vaticano, 138 cardeais estão aptos a participar da votação. Veja a seguir a trajetória dos catarinenses que poderão integrar o Conclave.
Dom Leonardo Steiner, Jaime Spengler e João Braz de Aviz
Divulgação/Arquidiocese de Manaus – Jaison Alves/CNBB Sul 4 – Max Rossi/Reuters
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Jaime Spengler
Jaime Spengler
Jaison Alves/CNBB Sul 4
Atual presidente Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Porto Alegre (RS), Jaime Spengler nasceu em Gaspar, no Vale do Itajaí. Ele tem 64 anos e iniciou sua vida religiosa na década de 1980, ao ingressar na Ordem dos Frades Menores.
Spengler cursou Filosofia e Teologia, sendo ordenado padre em novembro de 1990, em Gaspar. Mais tarde, obteve o título de doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Ainda como padre, atuou em missões pelo Brasil por meio da Ordem dos Frades Menores. Em 2010, foi nomeado bispo auxiliar pelo Papa Bento XVI.
Desde 2013, Spengler ocupa o cargo de arcebispo de Porto Alegre, após ser nomeado pelo Papa Francisco. Em dezembro do ano passado, foi nomeado cardeal em uma cerimônia realizada em Roma.
João Braz de Aviz
João Braz de Aviz
Max Rossi/Reuters
João Braz de Aviz tem 77 anos e é o cardeal brasileiro mais velho apto a participar do Conclave. Ele nasceu em Mafra, também no Vale do Itajaí, e cresceu em Borrazópolis, no Paraná.
Ainda jovem, ele ingressou no Seminário Menor São Pio X, em Assis (SP), estudou Filosofia em Curitiba e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado em 1972, na Catedral de Apucarana, e atuou como diretor espiritual de seminários no Paraná e em São Paulo.
Ele também foi reitor e professor de Teologia Dogmática em Londrina (PR). No fim da década de 1980, voltou para Roma onde se tornou doutor em Teologia Dogmática. Depois de retornar para o Brasil, foi eleito bispo auxiliar de Vitória.
Em 1998, Aviz se tornou bispo de Ponta Grossa (PR). Quatro anos depois, assumiu a Arquidiocese de Maringá (PR), onde ficou por apenas 14 meses. Em 2004, foi nomeado arcebispo de Brasília.
Em 2011, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica pelo Papa Bento XVI. No ano seguinte foi criado cardeal. Também participou do Conclave de 2013, que elegeu o Papa Francisco.
Leonardo Steiner
Dom Leonardo Steiner
Divulgação/Arquidiocese de Manaus
Leonardo Ulrich Steiner é o atual arcebispo de Manaus e tem 74 anos. Natural de Forquilhinha, no Sul do estado, é considerado pelo Vaticano o primeiro cardeal da Amazônia.
Estudou Filosofia e Teologia no convento dos Franciscanos de Petrópolis e é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena. Também é doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Foi ordenado sacerdote em janeiro de 1978, em Forquilhinha. Depois, por causa da formação em Pedagogia, atuou em vários projetos de educação.
Entre 1999 e 2003, foi secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma. Ao voltar ao Brasil, foi nomeado vigário da Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Curitiba (PR). Em fevereiro de 2005, foi nomeado bispo pelo Papa João Paulo II e assumiu a Prelazia de São Félix do Araguaia (MT).
Em 2011, foi eleito secretário-geral da CNBB e, no mesmo ano, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília pelo Papa Bento XVI. Em 2019, tornou-se arcebispo de Manaus e, três anos depois, foi criado cardeal pelo Papa Francisco.
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