Bolsonaristas acham que cirurgia retardará processo

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Os bolsonaristas do Distrito Federal acreditam que a cirurgia realizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), dois dias atrás, irá atrasar a sua condenação por tentativa de golpe de Estado pelo Supremo Tribunal Federal.

Agora, o que os bolsonaristas – entre eles dois deputados federais brasilienses – dizem é que, e com razões médicas inclusive, Bolsonaro vai ficar internado muito tempo, e que isso vai acabar interferindo, de certa forma, na opinião pública e no processo contra ele.

Com isso, a expectativa é de que essa operação evite ou atrase bastante a condenação do Bolsonaro. Ninguém admite publicamente que se possa utilizar esse incidente. No entanto, a questão é mencionada a cada vez que surgiu dificuldade importante para a campanha dele.

O boletim médico divulgado na tarde desta segunda-feira informa que o ex-presidente apresenta boa evolução clínica, mantendo-se acordado na Unidade Terapia Intensiva, no DF Star, em Brasília. Bolsonaro não apresentou dor, sangramentos ou outras intercorrências. De acordo com o boletim, ele se sentou no leito e iniciou “deambulação (caminhada) assistida”. Não há previsão de alta médica.

É a sexta cirurgia

Cirurgia é a sexta desde a facada que o ex-presidente sofreu na campanha eleitoral de 2018. Na avaliação dos médicos, a intervenção de ontem foi uma das “mais complexas” e a recuperação será lenta — será preciso esperar o intestino desinflamar. Bolsonaro não apresentou dor, sangramentos ou outras intercorrências.

De acordo com o boletim, ele se sentou no leito e iniciou “deambulação (caminhada) assistida”. Não há previsão de alta médica. Os médicos relataram ter encontrado a parede abdominal de Bolsonaro “bastante danificada”.

“O presidente tinha um abdômen hostil, com muitas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal. Uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias”, disse Cláudio Biroloni, chefe da equipe médica.

As aderências, explicou o médico, são comuns em que já passou por cirurgia abdominal. “Se você abrir o abdômen de alguém que nunca teve cirurgia, o intestino é todo soltinho. Em quem já foi operado quatro, cinco, seis vezes, as alças intestinais ficam todas agrupadas”, disse.

Grande parte das aderências não causa nenhum problema, mas há casos em que elas levam ao que ele chama de suboclusão intestinal, como ocorreu com o ex-presidente. As 48 horas após a cirurgia são as mais críticas. Há risco de infecções e trombose porque o organismo pode dar respostas inflamatórias “muito importantes”, disse Birolini.

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