BTG Pactual compra braço de gestão de fortunas da JGP

DIEGO FELIX
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

O banco BTG Pactual anunciou nesta segunda-feira (14) a compra do braço de gestão de fortunas (wealth management) da JGP Gestão Patrimonial. O valor da operação não foi informado.

Em comunicado ao mercado, o banco disse que a incorporação deste segmento da JGP vai adicionar mais R$ 18 bilhões à sua carteira de family office, atualmente com mais de R$ 100 bilhões de ativos sob gestão.

Ao todo, a divisão de wealth management do BTG administra R$ 1 trilhão de ativos.

André Jakurski será o presidente do comitê de investimentos do familly office do BTG. Ele foi um dos fundadores do Banco Pactual e fundou a JGP em 1998.

“Diante da crescente complexidade na gestão de patrimônio e da necessidade de estruturas mais completas -como uma área dedicada de wealth planning, produtos de previdência, entre outros– entendemos que a integração com o BTG Pactual representa um ganho significativo para nossos clientes”, disse André Jakurski em nota.

Ele também ressaltou que a estrutura da JGP ficará mais robusta, tendo a possibilidade de acessar novas estratégias e ampliar sua presença geográfica através do BTG.

“No modelo de multi family office, mantemos os pilares que sempre nortearam nosso trabalho: gestão independente e portfólios personalizados, agora fortalecidos pela solidez e alcance do BTG Pactual”, afirmou.

A operação consolida um avanço agressivo do BTG no segmento de gestão de fortunas. No início do ano, a companhia comprou a operação da Julius Baer no Brasil, banco suíço com R$ 61 bilhões em ativos, por R$ 615 milhões.

“Essa aquisição representa mais um importante passo em nossa estratégia de crescimento do segmento de multi family office. Os clientes da JGP terão o mesmo modelo independente que estão acostumados e o serviço de excelência da mesma equipe que os atende. Juntando-se ao BTG Pactual Family Office, poderão contar agora com uma gama ainda maior de produtos e serviços financeiros, especialmente desenhadas para atender aos seus objetivos”, afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG.

A transação ainda precisa passar por aprovações regulatórias e receber aprovação do Banco Central.

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