Durante um evento promovido pela revista Harper’s Bazaar, a modelo e apresentadora Caroline Ribeiro, de 45 anos, surpreendeu ao revelar publicamente o diagnóstico de esclerose múltipla.
A notícia rapidamente ganhou destaque e colocou o nome da top entre os assuntos mais comentados do país. Mas afinal, quem é a brasileira que já brilhou nas passarelas das maiores grifes do mundo e agora encara mais um grande desafio?
Descoberta em Belém do Pará
Paraense, Carol desfilava no shopping local aos 14 anos. Mas a atividade só se tornou profissão quando, em 1995, a jovem foi descoberta na praia. Desse encontro, surgiu o convite para representar Belém e Manaus no concurso Elite Model Lux, na cidade de São Paulo. Foi aí que a brincadeira começou a virar carreira.

Carreira no exterior
Carol venceu o concurso em 1996 e, a partir daí, sua carreira ganhou força de vez. Rapidamente integrou o casting de grifes poderosas como Gucci, Chanel, Valentino e Yves Saint Laurent.
Ela também entrou na lista das modelos brasileiras mais prestigiadas do mundo — e entre 2000 e 2002, foi uma das angels da cobiçada Victoria’s Secret. Embora o sucesso, cogitou abandonar a carreira, mas a mãe da modelo a convenceu do contrário.
Após o abalo, Ribeiro foi descoberta pelo estilista Tom Ford, então diretor da Gucci. A conquista a levou a morar na capital francesa. Com apenas 21 anos, a paraense chegou a receber 100 mil dólares por hora trabalhada.

Sobre a esclerose múltipla
Ex-apresentadora da MTV, Carol passou por um período de incertezas até chegar à conclusão do diagnóstico. Em entrevista, a modelo confessa ter confundido os sintomas – que começaram em 2023 – com a menopausa e síndrome do pânico.
A apresentadora contou que, em agosto de 2023, seu corpo deu um “alerta geral”, com sintomas como cansaço extremo, tontura, visão turva e dificuldade para caminhar. Disse que notava um agravamento sempre que enfrentava muito calor, como se estivesse vivendo os sintomas da menopausa.
Segundo ela, chegou a ficar 17 dias sem conseguir dormir, o que também serviu de aviso. Apesar de já perceber sinais há algum tempo, foi só diante dessa reação mais intensa que decidiu parar e ouvir o próprio corpo.
“Eu tinha os mesmos sintomas da menopausa: calorões, eu suando e meu marido de moletom, no ar-condicionado no máximo, era muito nítida a diferença. A mente já não funcionava com a mesma rapidez que antes, então, eu sentia ‘se isso é menopausa, as mulheres vão enlouquecer’”, desabafou.
Em suas redes sociais, ela destrinchou o processo. “Fui a diferentes médicos e ao meu ginecologista, que me conhece desde os 18 anos. Ele disse que não era menopausa. Saí correndo atrás de outros médicos como endocrinologista, fui tomando vitaminas. Daí uma amiga minha, a Ana Claudia Michels, que estava fazendo especialização em geriatria, falou: ‘Carol, dê uma olhada nos seus exames e não tome mais esses remédios. Volta no seu médico, aquele que conhece o seu histórico e segue o que ele falar’. Voltei para o meu médico ginecologista, que me indicou um neurologista. Fiz ressonância magnética e o potencial evocado. Voltei em março com os resultados e a gente viu que tinha uma esclerose múltipla ali”, detalhou.
Quando obteve o laudo, Carol iniciou o tratamento com imunossupressores, responsáveis por reduzir a imunidade. Por isso, contou que precisou buscar terapias alternativas, especialmente por meio da alimentação.