Tensões no Iêmen fazem petróleo subir

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As cotações do petróleo subiram nesta segunda-feira (17) devido às tensões crescentes no Mar Vermelho, entre os ataques dos Estados Unidos no Iêmen e a resposta dos rebeldes huthis.

Os rebeldes, apoiados pelo Irã, relataram dois ataques em 24 horas contra um porta-aviões americano no Mar Vermelho, e convocaram manifestações nesta segunda para protestar contra os ataques americanos, que deixaram 53 mortos, entre eles cinco crianças, segundo o grupo.

Washington prometeu seguir com os ataques enquanto os rebeldes continuarem perturbando a navegação por esse corredor.

De fato, vários meios huthis informaram nesta segunda de novos bombardeios americanos no Iêmen, horas depois de dezenas de milhares de pessoas se manifestaram nas áreas controladas pela milícia rebelde para protestar contra os golpes do fim de semana.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda que o Irã será “considerado responsável” de qualquer ataque dos huthis.

Nesse contexto, o preço do barril de tipo Brent para entrega em maio, negociado em Londres, subiu 0,70%, para 71,07 dólares. Em Nova York, o barril de tipo West Texas Intermediate com vencimento em abril subiu 0,60%, para 67,58 dólares.

Os preços do petróleo avançaram diante da “possibilidade de uma expansão dessa situação”, disse à AFP Robert Yawger, da Mizuho USA.

“No passado, os huthis atacaram infraestruturas sauditas”, lembrou o analista, em alusão a um dos principais fornecedores de petróleo do mercado.

Em maio de 2019, os huthis provocaram o fechamento de um oleoduto importante na Arábia Saudita e, em março de 2022, danificaram um reservatório da companhia petrolífera saudita Aramco em Jidá.

“Além disso, há especulações [entre os operadores] de que se trata do prelúdio de um ataque [americano] contra ativos iranianos”, acrescentou Yawger.

Medidas de reativação econômica lançadas por Pequim também impulsionaram os preços nesta segunda. Contudo, os mercados moderaram o seu entusiasmo após a publicação de indicadores econômicos medíocres no país para janeiro e fevereiro.

© Agence France-Presse

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