“Alimentação inadequada é um dos principais fatores de risco para o câncer colorretal”, alerta oncologista

Anderson Dalla Benetta, diretor-geral da Unacon, explica fala sobre a doença (Jader Souza/SupCom-ALE-RR)

O câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, é uma das doenças oncológicas mais comuns no Brasil e no mundo. Em março, mês de conscientização sobre a doença, especialistas reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. De acordo com o Dr. Anderson Dalla, médico oncologista e responsável pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima (Unacon), a alimentação inadequada é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

“Uma dieta rica em carne vermelha e processados, como salsicha, mortadela e linguiça, aliada ao baixo consumo de frutas e fibras, aumenta consideravelmente o risco de câncer colorretal”, explica o médico. Além disso, outros fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool também contribuem para o surgimento da doença.

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Rastreamento e diagnóstico
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o rastreamento do câncer colorretal comece a partir dos 50 anos de idade. “O exame de colonoscopia deve ser realizado no máximo a cada 10 anos, e a pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ser feita anualmente”, afirma o médico. No entanto, ele ressalta que, no Brasil, ainda não existe uma política nacional de rastreamento para a doença.

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. “Os sintomas mais comuns incluem sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor abdominal, fraqueza, anemia e perda de peso”, diz o especialista. O exame mais eficaz para o diagnóstico é a colonoscopia, que permite a visualização de todo o intestino grosso e a biópsia de lesões suspeitas.

Diferenças entre homens e mulheres
O câncer colorretal afeta tanto homens quanto mulheres, mas há diferenças na epidemiologia. “Nos homens, é o terceiro tipo de câncer mais frequente, atrás apenas do câncer de próstata e de pulmão. Já nas mulheres, é o segundo mais comum, após o câncer de mama”, explica Dr. Anderson. Os sintomas e os exames diagnósticos, no entanto, são os mesmos para ambos os sexos.

Tratamento e prevenção
O tratamento do câncer colorretal varia de acordo com a localização e o estágio do tumor. “A cirurgia está sempre presente quando se propõe um tratamento curativo, e a quimioterapia e a radioterapia são utilizadas conforme a necessidade”, detalha o médico.

Para prevenir a doença, a mudança nos hábitos de vida é essencial. “Além de evitar o consumo excessivo de carne vermelha e processados, é importante adotar uma alimentação rica em frutas e fibras, praticar atividade física regularmente, não fumar e evitar o consumo de álcool”, orienta.

Pacientes que já tiveram câncer colorretal também devem manter esses hábitos saudáveis. “Eles precisam realizar colonoscopias regularmente, pois há risco de desenvolver um novo tumor em outro segmento do intestino grosso”, alerta o especialista.

Conscientização e cuidado
O mês de março, simbolizado pela cor azul-marinho, é uma oportunidade para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer colorretal. “A mudança nos hábitos alimentares e a adoção de um estilo de vida saudável são as melhores formas de prevenir essa doença”, conclui Dr. Anderson Dalla.

Com informações e orientações adequadas, é possível reduzir os riscos e promover a saúde intestinal, garantindo uma melhor qualidade de vida para a população.

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