Israel liberta 5 libaneses e mata responsável do Hezbollah no Líbano

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Israel libertará cinco detidos libaneses sob um acordo de trégua com o movimento libanês Hezbollah, em vigor desde 27 de novembro, anunciou o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, nesta terça-feira (11).

Ao mesmo tempo, o Exército israelense anunciou que tinha matado vários combatentes do movimento islamista pró-Irã em ataques aéreos, entre eles o chefe dos “sistemas aéreos” de uma unidade regional.

“Em um gesto com o novo presidente libanês, Israel concordou em libertar cinco detidos libaneses”, disse o gabinete de Netanyahu em comunicado.

A decisão foi tomada à margem de uma reunião entre representantes dos exércitos israelense e libanês e os mediadores do cessar-fogo França e Estados Unidos em Naqura, uma localidade na fronteira entre Israel e Líbano.

Na reunião, “foi decidido criar três grupos de trabalho conjuntos com o objetivo de estabilizar a região, [que] se concentrarão em três questões: os cinco postos de controle israelenses no sul do Líbano, as negociações sobre a Linha Azul e as áreas ainda disputadas e a questão dos libaneses detidos por Israel”, explicou o gabinete de Netanyahu.

Pouco depois, a Presidência libanesa declarou no X que as autoridades haviam recuperado “quatro prisioneiros libaneses que foram detidos pelas forças israelenses durante a última guerra” e detalhou que o quinto seria entregue nesta quarta-feira.

Um dia após o ataque sem precedentes do movimento islamista palestino Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023, seu aliado Hezbollah abriu uma segunda frente, disparando foguetes do sul do Líbano contra o norte do território israelense.

Uma trégua foi acordada em 27 de novembro, encerrando mais de um ano de hostilidades, incluindo dois meses de guerra aberta.

No entanto, Israel continua bombardeando o território libanês de tempos em tempos, e ambos os lados se acusam mutuamente de violar o acordo.

O Líbano quer que Israel se retire completamente do país, ao considerar que manter seu Exército em cinco postos de controle, descritos como “estratégicos”, constitui uma “ocupação”.

Israel, por sua vez, alega que esta é uma “medida temporária até que as forças libanesas estejam em condições de implementar totalmente o acordo”.

O acordo previa que Israel se retiraria do sul do Líbano até 26 de janeiro, embora esse prazo tenha sido posteriormente estendido para 18 de fevereiro, e que apenas as forças de paz da ONU permaneceriam posicionadas naquela área.

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© Agence France-Presse

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