Técnicos gringos comandam os semifinalistas de SP; enquanto no Rio serão todos com “brazucas”

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Os estaduais, além de sua relevância histórica e esportiva, também refletem tendências e mudanças no futebol brasileiro. Um dado curioso que merece atenção é a composição dos treinadores nas semifinais do Campeonato Paulista e do Campeonato Carioca, os dois principais centros do futebol nacional.

No Paulistão, os quatro clubes semifinalistas – Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos – são comandados por treinadores estrangeiros: Abel Ferreira (Palmeiras), Luis Zubeldía (São Paulo), Pedro Caixinha (Santos) e Ramón Díaz (Corinthians). Essa presença maciça de técnicos de fora do Brasil evidencia uma clara preferência dos clubes paulistas por ideias e metodologias importadas, consolidando uma tendência que já vinha se desenhando nos últimos anos.

Por outro lado, no Rio de Janeiro, a situação é exatamente oposta. Os quatro semifinalistas do Carioca – Flamengo, Fluminense, Vasco e Volta Redonda – são comandados por treinadores brasileiros: Felipe Luis (Flamengo), Mano Menezes (Fluminense), Fábio Carille (Vasco) e Rogério Corrêa (Volta Redonda). Esse contraste entre os dois estados escancara um cenário peculiar: enquanto os clubes paulistas parecem ter desistido de apostar em técnicos nacionais, os cariocas ainda resistem e seguem valorizando os profissionais brasileiros.

Essa discrepância pode ser interpretada de diversas formas, mas um ponto é inegável: o mercado de treinadores no Brasil está cada vez mais polarizado. Enquanto em São Paulo o prestígio dos técnicos brasileiros parece ter desmoronado quase por completo, no Rio de Janeiro ainda há espaço para os nomes nacionais comandarem os principais times. Resta saber até que ponto essa diferença de abordagem influenciará os resultados dentro de campo – e se essa resistência carioca permanecerá firme diante da pressão por resultados e da crescente busca por estrangeiros no futebol brasileiro.

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