Filhos de Gil celebra cantor em meio a brados contra a ditadura

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VICTORIA DAMASCENO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Músicas como “Palco”, escrita entre 1964 e 1985, período em que o Brasil viveu a ditadura militar, fizeram parte do repertório do bloco Filhos de Gil, que desfilou em Moema na tarde desta segunda (3).

O cortejo, tradicional por homenagear o cantor baiano Gilberto Gil, fez brados contra a ditadura e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recentemente indiciado por tentativa de golpe de Estado.

“Vamos mandar tudo de ruim para fora”, disse um dos cantores, Pedro Keiner.

“Aquele Abraço”, escrita em 1969, foi lembrada como a música escrita por Gil quando o cantor e compositor deixou a prisão, em Realengo, no Rio de Janeiro.

Na época, o Brasil vivia o AI-5, que marcou o endurecimento da ditadura militar.

As referencias à ditadura ganharam ainda mais força com as indicações do Brasil no Oscar com o longa Ainda Estou Aqui, que garantiu neste sábado o primeiro prêmio do país na categoria de Melhor Filme Internacional.

No bloco, foliões lembravam a indicação de Fernanda Torres ao prêmio de melhor atriz, que foi dado à americana Mikey Madison por sua atuação em “Anora”.

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