Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Divinópolis vai receber investimentos de quase R$ 3 milhões


Governo estadual abriu dois editais para os Cetras de Divinópolis e Patos de Minas. Objetivo é aprimorar a gestão, viabilizar contratações e garantir a manutenção das estruturas, garantindo também um atendimento veterinário qualificado para os animais recebidos. Papagaio em reabilitação no Cetras Divinópolis
Robson Santos / Sisema
O Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) de Divinópolis receberá um investimento de R$ 2,9 milhões nos próximos dois anos. O recurso faz parte de um total de R$ 5,9 milhões destinados pelo Governo de Minas Gerais para fortalecer as unidades do estado, incluindo também o Cetras de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, que contará com R$ 3 milhões.
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Os investimentos serão aplicados na contratação de pessoal, aquisição de materiais e manutenção das estruturas. O objetivo é aprimorar a gestão dos centros e garantir atendimento veterinário qualificado para os animais silvestres recebidos.
Atualmente, o Cetras de Divinópolis, em operação há quatro anos, cuida de 250 animais, muitos em fase final de reabilitação. Já o Cetras de Patos de Minas, inaugurado em 2019, já reabilitou quase 8 mil animais e tem 568 em recuperação.
A iniciativa faz parte de um esforço do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que lançou dois editais para buscar parcerias com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).
“A proposta é reunir as melhores entidades que possam contribuir para esse importante trabalho de reabilitação das nossas espécies de animais da fauna e, juntos, a gente possa construir um melhor ambiente para a biodiversidade em nosso estado”, disse o diretor-geral do IEF, Breno Lasmar.
O trabalho do Cetras
Cetras Patos de Minas
IEF / Divulgação
Existem ao todo cinco Cetras em Minas Gerais. Os de Divinópolis e Patos de Minas são administradas exclusivamente pelo IEF. Já os de Belo Horizonte, Juiz de Fora e Montes Claros, são geridos em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
As aves são a maioria dos animais que dão entrada nos Cetras. Elas são mais fáceis de serem capturados por traficantes de animais. Muitas delas chegam após operações policiais contra essa prática ilegal e danosa ao meio ambiente.
O problema é que grande parte das aves vítimas de tráfico acabam morrendo devido às péssimas condições de transporte a que são submetidas, como explica a veterinária Raquel de Araújo no vídeo abaixo:
Veterinária do CETRAS Divinópolis fala sobre os animais resgatados
Muitos animais têm chegado aos Centros de Triagem ao serem atropelados nas estradas da região. Fato que se tornou muito comum nos últimos meses, segundo a veterinária Raquel de Araújo.
Tem ainda animais que chegam por entrega voluntária, de pessoas que, por exemplo, criavam um papagaio em casa e descobrem que essa prática é ilegal. Daí entregam o animal ao Cetras para que ele possa ser cuidado e devolvido à natureza.
Os recursos que serão obtidos pelos editais vão ampliar a capacidade de atendimento do Centros de Reabilitação, que fazem um trabalho fundamental ao equilíbrio do meio ambiente, especialmente em momentos mais críticos como os de queimadas, cada vez mais constantes no cenário de aquecimento global.
FOTOS: veja mais imagens do Cetras Divinópolis
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