Desassoreamento vira polêmica em Maracajá

O presidente da Comissão de Desassoreamento do Rio Sangão, Gustavo Duminelli, protocolou um pedido para uso da tribuna na Câmara de Vereadores de Maracajá, nesta segunda-feira (24). A solicitação foi motivada por uma declaração do vereador Lacide Rocha (MDB), que na sessão da última segunda-feira (17) se posicionou contrário ao desassoreamento do rio no trecho referente ao município.

Duminelli classificou a fala do vereador como “infeliz” e destacou a importância da obra. “Estou aqui para falar sobre a fala infeliz do vereador Lacide Rocha, que disse que Maracajá não deve pagar pelo desassoreamento, que Criciúma e Forquilhinha deveriam arcar com os custos. Ele acredita que um dique já é suficiente, mas se engana, porque só o dique não resolve. É necessário fazer um desassoreamento completo, retirar os entulhos e sedimentos, aumentar em dois metros a profundidade, para depois, sim, colocar uma contenção”, explicou.

Segundo Duminelli, o projeto para o desassoreamento já está bem encaminhado, com R$ 140 mil liberados para sua execução. “Estou aqui representando a população ribeirinha, que perdeu tudo nas cheias de 2022. É fundamental que esse trabalho seja feito para proteger essas famílias”, reforçou.

Por outro lado, o vereador Lacide Rocha, em seu discurso na Câmara, justificou sua posição contrária ao desassoreamento. “Sempre fui contra, porque um bom engenheiro começa de baixo para cima. Forquilhinha fez o trabalho e jogou a água aqui. Maracajá não tem obrigação de gastar dinheiro para desassorear o Rio Sangão. Nós já temos prejuízos suficientes nas nossas lavouras. O ideal para Maracajá seria fazer apenas um dique. O dinheiro que seria investido no desassoreamento poderia ser usado em estradas e calçadas, que são nossas reais necessidades”, afirmou Rocha durante a sessão.

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