MPT vai investigar denúncias trabalhistas em fábrica que pegou fogo no Rio

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MANUELA RACHED PEREIRA E ALINE FREITAS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O Ministério Público do Trabalho fluminense abriu uma apuração preliminar para investigar as condições de trabalho a que foram submetidos funcionários da fábrica de fantasias de Carnaval que pegou fogo na manhã desta quarta-feira (12).

MPT-RI diz que “autuou com urgência uma Notícia de Fato para apurar as condições de trabalho na fábrica”. O procedimento aberto é anterior ao inquérito. A partir dele, o órgão deve avaliar se a apuração tem potencial de gerar uma investigação mais aprofundada, ação judicial ou outras medidas contra a Maximus Confecções, empresa responsável pela fábrica, e/ou outros envolvidos em eventuais violações trabalhistas no local.

Órgão esclareceu que pedido de apuração não é novo e foi motivado por denúncias trabalhistas.

“Esclareço que não é uma nova autuação. É uma autuação específica para investigar as denúncias relacionadas às condições de trabalho no local”, informou a assessoria do MPT fluminense.

Questionada sobre quais denúncias motivaram ação, MPT-RJ diz que “por enquanto” não pode fornecer detalhes. A assessoria do órgão afirma, por fim, que irá retornar, “assim que tiver outras informações”.

Nesse caso, o texto será atualizado.

SOBRE O INCÊNDIO

21 pessoas estão feridas, sendo dez em estado grave. Vítimas foram encaminhadas a cinco hospitais, e ao menos nove delas tiveram queimaduras nas vias aéreas após inalarem fumaça tóxica. Não há detalhes sobre o estado de saúde das demais vítimas.

Cerca de 30 pessoas dormiam no local quando o fogo começou, relataram sobreviventes. Número foi informado em entrevista à TV Globo, mas o número exato de pessoas no prédio não foi divulgado pelas autoridades. “Havia aproximadamente umas 30 pessoas e todo mundo conseguiu sair”, afirmou a funcionária Marli, enquanto recebia atendimento médico.

Incêndio está em fase de rescaldo. Desde às 7h39 seis equipes dos bombeiros trabalharam para controlar e apagar o fogo. A corporação também foi responsável pelo resgate das vítimas presas às janelas.

Fábrica atingida confeccionava fantasias para escolas de samba e uniformes militares. Ainda não há informações sobre a causa do incêndio, segundo os bombeiros. O UOL tentou contato com a Maximus

Confecções, mas ainda não obteve retorno. O texto será atualizado tão logo haja resposta.

Prédio não tinha aval de segurança do Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, a fábrica não estava com o laudo atualizado e, portanto, não poderia estar em funcionamento.

Império Serrano informou que todas as fantasias para o Carnaval estão na fábrica. Em nota, escola de samba lamentou o incêndio e disse estar focada em garantir a segurança de todos os envolvidos neste acidente.

Outras escolas também foram impactadas. As agremiações Unidos da Ponte e Unidos do Parque Acari também se pronunciaram dizendo que toda a produção de fantasias estava na fábrica. Já as escolas União da Ilha do Governador e Unidos do Porto da Pedra afirmaram que possuíam produções de parte do desfile em responsabilidade da fábrica (leia mais aqui).

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