Represa em Itirapina (SP) tem 8 ataques de piranhas em 15 dias

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FRANCISCO LIMA NETO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Um turista de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, foi atacado por piranhas na represa do Broa, em Itirapina, interior de São Paulo, no último sábado (8). Ele é a oitava vítima desse tipo de ataque em 15 dias.

“Eu tava tomando banho aqui, tranquilo, senti uma beliscada no dedo, fui ver, era piranha. Ouvi rumores [de que tinham ataques], mas sou de Campo Grande, sempre tomo banho em rio lá onde tem piranha, nunca rolou ataque. Achei duvidoso. Viemos e constatamos”, disse o gesseiro Izaías dos Santos, em entrevista à EPTV. Ele teve ferimentos no pé esquerdo.

Segundo a prefeitura, os ataques começaram no final de semana 25 e 26 de janeiro.

Desde o final de janeiro, a prefeitura publicou decreto que proíbe a presença de banhistas e impõe restrições às atividades aquáticas na represa.

Além disso, a Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente oficiou especialistas e órgãos ambientais em busca de orientações e soluções. Entre eles, a Cetesb, a APA (Área de Proteção Ambiental) Cuesta Corumbataí, o Comitê de Bacias Hidrográficas, a SP Águas (Agência de Águas do Estado de São Paulo) e o Ibama (órgão federal de meio ambiente).

O Ibama protocolou um pedido para análise sobre espécies invasoras, enquanto a SP Águas aguarda manifestação da Diretoria de Bacia do Médio Tietê. Especialistas como os professores Alberto Carvalho Peret, da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e Ricardo Jucá Chagas, da UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) recomendaram a realização de estudos e monitoramento para obter informações precisas sobre o ecossistema local.

Em uma reunião na última terça-feira (4), representantes da Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente, da Apib (Associação de Moradores e Proprietários de Imóveis no Broa) e um biólogo especialista definiram três frentes principais de atuação.

Uma delas é o monitoramento das espécies na represa, coletando dados sobre as frequências das espécies presentes no ecossistema. Outra seria a regulamentação da pesca, com a elaboração de uma lei municipal específica. Por fim, a realização de um campeonato de pesca de piranhas, organizado pela Apib, seguindo todas as regulamentações ambientais pertinentes ao período da Piracema.

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