Como atender jovens em acolhimento

30.10.2024 encontro integrativo sobre saúde mental em interface com socioeducação ualisson noronha agencia saude 32

Como cuidar da saúde mental de crianças e adolescentes que tiveram o vínculo com a família rompido? Como manter o bem-estar de um jovem que cumpre medida socioeducativa? Essas foram questões abordadas, nesta semana, pelas secretarias de Saúde e de Justiça pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal, Defensoria Pública e pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

A reunião entre os órgãos buscou planejar os fluxos de assistência a esse público. Presente no encontro, a gerente dos Serviços de Psicologia da SES-DF, Renata Kaiser, explicou que a discussão pretende ir além, propondo um acompanhamento aos jovens também após a saída do sistema socioeducativo.

Segundo a profissional, é importante integrar diferentes instituições para assegurar um olhar cuidadoso às vulnerabilidades inerentes a essas situações. “Precisamos ajudá-los desde cedo. É necessário pensar a saúde mental desde a primeira infância, durante a adolescência, até a adolescência tardia”, avaliou. A representante da Vara de Execução de Medidas Socioeducativas do TJDFT, Camila Barros, concordou: “

Hoje, sabemos que a infância é a parte mais importante para um adulto. Uma criança com problemas na saúde mental será um adulto que precisará mais do governo”, apontou. O chefe do Núcleo de Execução de Medidas Socioeducativas da DPDF, Paulo Eduardo Chagas Freitas, observou como o bem-estar psíquico têm ganhado espaço nos processos jurídicos. “Percebi, ao longo dos anos, uma mudança no perfil desses jovens e como a questão da saúde mental começou a aparecer vagarosamente. Hoje, vejo que esse ponto ocupa uma grande dimensão”, relatou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.