Argentina corta taxas e Brasil volta a ter maior juro real do mundo


País comandado por Javier Milei caiu da primeira para a terceira posição, após seu Banco Central reduzir suas taxas de juros em 3 pontos percentuais. Topo agora está com Brasil e Rússia. Presidente da Argentina, Javier Milei.
Ciro De Luca/ Reuters
O Brasil passou a ter o maior juro real do mundo em janeiro de 2025, depois do Banco Central da Argentina — país que ocupava a primeira colocação do ranking até então — promover um novo corte em suas taxas de juros,
Na noite desta quinta-feira (30), a autoridade monetária decidiu reduzir sua principal taxa de juros — a taxa de política monetária — de 32% para 29%. Segundo a instituição, essa redução é consequência da “consolidação observada nas expectativas de menor inflação.”
A Argentina encerrou 2024 com uma inflação anual de 117,8%. Apesar de alta, representa uma forte desaceleração em relação aos 211,4% registrados em 2023.
Com essa redução, o juro real argentino — que é calculado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses — caiu para 6,14%. Assim, o país passou para a terceira colocação no ranking dos países com os maiores juros reais do mundo.
No topo da lista, então, ficou o Brasil. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentar mais uma vez a Selic, taxa básica de juros, em 1 ponto percentual, levando o juro nominal a 13,25% ao ano, o juro real brasileiro chegou a 9,18%.
Na segunda posição vem a Rússia, com uma taxa de juros real de 8,91%.
Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira
Alta da Selic
Na última quarta-feira (29), o Copom anunciou sua decisão de elevar a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, para a casa de 13,25% ao ano.
Na decisão anterior, em dezembro, a autoridade monetária já havia elevado a taxa básica em 1 ponto percentual, para a casa de 12,25% ao ano. A decisão marca a quarta alta seguida da Selic.

Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu na 4ª posição.
Veja abaixo:
Turquia: 45,00%
Argentina: 29,00%
Rússia: 21,00%
Brasil: 13,25%
México: 10,00%
Colômbia: 9,50%
África do Sul: 7,75%
Hungria: 6,50%
Índia: 6,50%
Filipinas: 5,75%
Indonésia: 5,75%
Polônia: 5,75%
Chile: 5,00%
Hong Kong: 4,75%
Reino Unido: 4,75%
Estados Unidos: 4,50%
Israel: 4,50%
Austrália: 4,35%
Nova Zelândia: 4,25%
República Checa: 4,00%
Canadá: 3,25%
Alemanha: 3,15%
Áustria: 3,15%
Espanha: 3,15%
Grécia: 3,15%
Holanda: 3,15%
Portugal: 3,15%
Bélgica: 3,15%
França: 3,15%
Itália: 3,15%
China: 3,10%
Coreia do Sul: 3,00%
Malásia: 3,00%
Cingapura: 2,98%
Dinamarca: 2,60%
Suécia: 2,50%
Tailândia: 2,25%
Taiwan: 2,00%
Suíça: 0,50%
Japão: 0,50%

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