Real Madrid tem faturamento de € 1 bilhão e expõe o abismo em relação aos times do Brasil

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A recente divulgação do ranking ‘Football Money League’ pela consultoria Deloitte destacou que o Real Madrid alcançou receitas de 1,045 bilhão de euros (aproximadamente R$ 6,46 bilhões) na temporada 2023-2024, estabelecendo um novo recorde. Em comparação, o Manchester City registrou 836 milhões de euros (R$ 5,19 bilhões), enquanto o Paris Saint-Germain atingiu 806 milhões de euros (R$ 5 bilhões). Esses números evidenciam a robustez financeira dos principais clubes europeus.

No cenário brasileiro, embora haja um crescimento nas receitas dos clubes, a disparidade em relação aos europeus permanece significativa. Em 2024, os 20 clubes de maior faturamento no Brasil acumularam uma receita total de R$ 9 bilhões, representando um aumento de 20% em relação ao ano anterior. O Flamengo liderou com R$ 1,37 bilhão, seguido por Corinthians (R$ 936,7 milhões) e Palmeiras (R$ 908,9 milhões).

Ao convertermos esses valores para euros, considerando uma taxa de câmbio média de R$ 6,18 por euro em 2023, o Flamengo teria arrecadado cerca de 221,7 milhões de euros. Isso o posicionaria fora do top 20 do ranking europeu, evidenciando a diferença substancial. Enquanto o Real Madrid superou a marca de 1 bilhão de euros, o clube brasileiro mais próximo não alcança um quarto desse montante.

Essa disparidade financeira impacta diretamente a competitividade internacional. Clubes europeus possuem maior capacidade de investimento em infraestrutura, contratações e desenvolvimento de categorias de base. Além disso, receitas provenientes de direitos de transmissão, patrocínios e marketing são significativamente superiores na Europa, ampliando o abismo econômico entre os continentes.

Embora o futebol brasileiro tenha apresentado avanços, como a modernização da gestão e a atração de investidores estrangeiros, conforme observado na transformação do Botafogo após a aquisição por John Textor, ainda há um longo caminho para equilibrar essa balança financeira. A implementação de modelos de negócios mais eficientes e a busca por novas fontes de receita são essenciais para reduzir essa diferença e aumentar a competitividade dos clubes brasileiros no cenário global. 

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