Após quatro dias de encontro de nove corpos, Polícia Civil encerra buscas em cemitério clandestino

Estão sendo realizadas diligências para identificar as vítimas e elucidar como ocorreram as mortes (Foto: Wenderson Cabral/FolhaBV)

Após quatro dias do encontro de nove corpos em um cemitério clandestino em uma área de mata no bairro Pricumã, a Polícia Civil encerrou as buscas nesta quinta-feira, 23. Os venezuelanos J. G. C. C., de 27 anos, e W. J H. L, de 29 anos, foram presos ocultação de cadáver e associação criminosa. Eles foram apresentados em Audiência de Custódia e a Justiça homologou a prisão em flagrante, convertendo-a em prisão preventiva. Ambos foram apresentados no Sistema Prisional.

Após passar por Audiência de Custódia e a Justiça homologou a prisão em flagrante, convertendo-a em prisão preventiva (Foto: Divulgação)

Os primeiros cinco corpos foram encontrados na segunda-feira, 20, e os outros quatro encontrados dentro de uma manilha de esgoto, nessa quarta-feira, 22.

Segundo a Polícia Civil, foi realizada uma varredura minuciosa no local. As investigações contam com duas frentes: A Delegacia Geral de Homicídios (DGH), que continuará apurando a identificação das vítimas e as circunstâncias dos homicídios, enquanto a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO) investigará possíveis conexões com organizações criminosas.

INVESTIGAÇÕES – De acordo com a diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Miriam Di Manso, as investigações já apresentam avanços significativos.

“O trabalho da DGH inclui análises minuciosas dos vestígios encontrados no local, das perícias realizadas pelo Instituto de Criminalística e o Instituto de Medicina Legal, além de diligências para identificar as vítimas e reconstituir a dinâmica dos homicídios. Paralelamente, a DRACO instaurou inquérito policial para apurar se as mortes foram ordenadas ou executadas por organizações criminosas”, detalhou a diretora

O delegado Wesley Costa de Oliveira, titular da DRACO, informou que a equipe está mapeando possíveis conexões entre os suspeitos presos e atividades de organizações criminosas atuantes na região, além de analisar informações de inteligência para ampliar o alcance da investigação.

“As buscas no terreno foram concluídas após uma varredura completa, mas o trabalho da Polícia Civil está longe de terminar. Estamos empenhados em identificar todas as vítimas, responsabilizar os envolvidos e entender se há uma relação direta com organizações criminosas. Não descartamos novas operações em outras localidades, sempre com base em informações concretas e levantamentos prévios. Nossa meta é trazer respostas para esses casos”, destacou o delegado.

O delegado Wesley Costa de Oliveira, titular da DRACO, informou que a equipe está mapeando possíveis conexões entre os suspeitos presos e atividades de organizações criminosas atuantes na região, além de analisar informações de inteligência para ampliar o alcance da investigação.

“As buscas no terreno foram concluídas após uma varredura completa, mas o trabalho da Polícia Civil está longe de terminar. Estamos empenhados em identificar todas as vítimas, responsabilizar os envolvidos e entender se há uma relação direta com organizações criminosas. Não descartamos novas operações em outras localidades, sempre com base em informações concretas e levantamentos prévios. Nossa meta é trazer respostas para esses casos”, destacou o delegado.

VÍTIMAS – Até o momento nenhuma das vítimas foi identificada. Inicialmente, estão sendo realizadas análises para estimar idade, altura e sexo das vítimas, etapas essenciais para o avanço da investigação. Os corpos foram encontrados em diferentes estados de decomposição ou esqueletização, agravados pela ausência de documentação que pudesse auxiliar no procedimento.

A operação envolveu equipes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), DRACO, NIPD (Núcleo de Investigação de Desaparecimento de Pessoas), ICPDA (Instituto de Criminalística Perito Dimas Almeida), IML (Instituto de Medicina Legal), além de parceiros como a PMRR (Polícia Militar de Roraima), o CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima), CAERR (Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER) e IATER (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural).

A PCRR destaca que o trabalho pericial é uma atividade técnica e minuciosa, que demanda tempo e precisão. Para auxiliar na identificação, a Instituição solicita que famílias com pessoas desaparecidas procurem o IML, portando documentos pessoais, exames odontológicos ou outros materiais que possam colaborar com o processo de identificação, finalizou a Polícia Civil.

O post Após quatro dias de encontro de nove corpos, Polícia Civil encerra buscas em cemitério clandestino apareceu primeiro em Folh BV.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.