“Alô, Trump? É o Jair!”

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Imagine a cena: um político brasileiro pega o celular, liga para um velho amigo norte-americano e diz, com aquele sotaque carregado: “Alô, Trump, é o Jair! Sorry por não poder ir na sua festa!” Do outro lado da linha, um senhor de topete laranja e expressão confusa responde apenas: “Quem?”

Agora vamos à realidade por trás dessa tragicomédia. Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, teve o passaporte apreendido desde fevereiro, acusado de estar envolvido em uma tentativa de golpe de Estado. Recentemente, ele tentou convencer o STF a deixá-lo dar uma escapadinha até os Estados Unidos para prestigiar a posse de Donald Trump. Sim, você leu certo: a posse de Trump, um evento tão real quanto unicórnios na floresta amazônica.

O problema? A prova apresentada por Bolsonaro foi, no mínimo, “criativa”: um e-mail genérico, que mais parecia convite para um churrasco de bairro do que para um evento político sério. O ministro Alexandre de Moraes, com a paciência de um professor corrigindo uma redação cheia de erros, rejeitou o pedido. Segundo ele, a viagem era puramente de interesse privado e, convenhamos, não justificava flexibilizar uma medida destinada a evitar fugas.

Enquanto isso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) reforçou que o evento não tinha nenhuma relevância pública. Em outras palavras: “Jair, essa festa não é essencial, e você não vai!”.

Moral da história: se você quer viajar, melhor garantir que seu convite não seja algo que até o filtro de spam do e-mail ignoraria. E quanto à ligação? Bem, pelo visto, Trump já deletou o número do “Jairzinho”.

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