Dólar abre próximo da estabilidade antes de dados de inflação dos EUA

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(FOLHAPRESS)


O dólar à vista rondava a estabilidade nas primeiras negociações desta quarta-feira (15). Às 9h05, o dólar à vista subia 0,01%, a R$ 6,047.


Investidores demonstram cautela antes da divulgação de dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos que podem moldar a trajetória da taxa de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano).


Detalhe de notas de dólar e real. Pedro Affonso Folhapress A imagem mostra uma nota de 100 dólares dos Estados Unidos em primeiro plano, com o retrato de Benjamin Franklin, e uma nota de 100 reais do Brasil ao fundo, destacando a figura de uma mulher com uma coroa de folhas. As notas estão sobrepostas parcialmente. **** Nesta terça-feira (14), o Departamento do Trabalho americano divulgou dados sobre o PPI, o índice de preços ao produtor dos EUA, que subiu 0,2% em dezembro ante 0,4% no mês de novembro.


No período de 12 meses até dezembro, o índice PPI acelerou para 3,3%, após um aumento de 3,0% em novembro. A aceleração na taxa anual refletiu os preços mais baixos do ano passado, especialmente dos produtos de energia, que saíram do cálculo.


“Os dados de inflação abaixo do esperado mostram que o Fed pode diminuir os juros, fazendo com que o dólar não se valorize tanto. Esse cenário também contribui para a queda dos juros futuros hoje”, afirma Fabio Louzada, economista, planejador financeiro e sócio da Eu me banco.


Após registrar a máxima de R$ 6,098, às 9h, na abertura do mercado, o dólar à vista atingiu R$ 6,042, uma queda de 0,91%, às 10h50, logo após a divulgação dos dados de inflação ao produtor americano. Às 16h39, já na reta final, a moeda norte-americana à vista atingiu a mínima do dia, R$ 6,041.


Para esta terça, os agentes financeiros aguardam a divulgação do CPI, o índice de preços ao consumidor americano, que pode moldar ainda mais o humor dos mercados e até amplificar a aversão ao risco caso os números venham acima do esperado.


A divulgação do CPI pode moldar ainda mais o humor dos mercados e até amplificar a aversão ao risco caso os números venham acima do esperado.


Neste cenário, a moeda norte-americana passou a ceder ante quase todas as divisas de países emergentes, incluindo o real.


Os investidores continuam se ajustando à perspectiva de uma abordagem mais cautelosa do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) em seu ciclo de afrouxamento monetário, depois de dados fortes de emprego divulgados na semana passada.


Atualmente, operadores esperam que o Fed mantenha os juros inalterados na reunião deste mês e realize somente um corte de 25 pontos-base até o fim do ano.


Na cena doméstica, o início do ano tem fornecido poucos impulsos para as negociações, diante da relativa escassez de novos dados econômicos e com a agenda política em Brasília ainda fraca em meio ao recesso do Congresso.


O principal receio do mercado segue sendo o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas, com entrevistas recentes de membros do governo fornecendo algum alívio com a promessa de mais medidas fiscais para este ano.


Na última sexta-feira, Haddad disse em entrevista à GloboNews que o governo segue estudando novas iniciativas para sanear as contas públicas, acrescentando que “só o que se faz” na Fazenda é estudar novas iniciativas.


Já o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, afirmou em entrevista ao jornal O Globo que o governo deve adotar novas medidas fiscais neste ano.


De acordo com Durigan, as novas propostas de corte de despesas e arrecadação devem começar a ser debatidas após a aprovação pelo Congresso do Orçamento de 2025, informou O Globo.


Já as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) fecharam a terça-feira novamente em baixa firme. O DI para julho de 2025 -um dos mais líquidos no curto prazo- estava em 13,99%, ante o ajuste de 13,999% da sessão anterior. Já a taxa do contrato para janeiro de 2026 marcava 14,895%, ante o ajuste de 14,945%.

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